domingo, fevereiro 27, 2011

Estoirou! – Segunda parte

O sapo é a imagem dum Estado Partido que inventou mais de mil institutos e fundações para encaixar os seus “boys” de elite que acumulam pensões, reformas e salários milionários, e duas mil empresas municipais, onde se encaixam os boys secundários, para tarefas que competiam às vereações eleitas, um Estado partido que paga aos gestores mais do que pagam os estados europeus e americanos. Vencimentos auto-atribuídos.. li num jornal que um agente da Fundação Guimarães capital da Cultura, sem especialidade nenhuma e sem curriculum académico ou outro, ganha 12.000 euros mensais, quase duas vezes mais do que o Chefe de Estado. O sapo representa os dois ou três partidos do poder que são autênticos coios de especialistas em corrupção e em fraude, e uma democracia concebida em função da vocação para a pantominice de alguns, por um lado, e da fragilidade intelectual do povo, por outro. É um Estado cuja justiça, segundo as estatísticas europeias, é a que tem o maior numero de procuradores, de juízes e advogados, e os mais bem pagos, mas que, simultaneamente, é a mais lenta, o que é que fazem esses magistrados nas suas alfurjas? E, ainda por cima, uma justiça que só condena os fracos e “arquiva” os políticos e os poderosos, a típica “justiça de classe”.
O sapo é a imagem dum Zé Povinho, palerma, que promete reeleger os governantes que lhe aumentam os impostos, lhe retiram parte do salário adquirido ou o subsidio de desemprego, os medicamentos e o abono familiar, um casal com 700 euros mensais já é considerado “rico”! este povinho fica sem o abono dos filhos mas sentir-se-á feliz a imaginar-se “rico”? O certo é que promete votar nos mesmos. Cúmplice.
O sapo representa um país que incha… mas fiado, a crédito. Engole sapos vivos. O dinheiro que os bancos portugueses emprestam para casas, automóveis, submarinos, tanques de guerra, auto-estradas, e ás empresas, é pedido emprestado por esses bancos aos bancos estrangeiros…Eh pá, ganda sapo! È a isso que leva a formação académica em Economia e gestão?
O batráquio da fabula simboliza uma sociedade descerebrada que inventou em círculo fechado os modelos por que se rege e gasta mais do que produz. O sapo estoirou! Os cangalheiros internacionais das falências vão fechar.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Estoirou !! - Primeira parte.

Não sei se conhecem a fábula do sapo e do boi: Um sapo viu um boi no prado e pensou: “hei-de ser como ele” Então, pôs-se a chupar o ar e inchou, inchou, até que estoirou.
O sapo é uma metáfora da estupidez humana, da mania das grandezas e da ganância. Há muita gente e, até, nações inteiras que medem o bem-estar pelas dimensões dos edifícios, pelos quilómetros de auto-estradas, pelo custo dos carros a atafulhar as ruas, pela quantidade de telemóveis, pelos golos metidos nas balizas, pelo uso do facebook, pela tralha dos hipers, pelos recordes do guiness e, sobretudo, pelo número dos cartões de crédito nas carteiras de bolso. Estupidez e alienação sempre existiram. Mas há culturas mais propensas que outras para a sua propagação. Essas são como o sapo na fabula; face ao pragmatismo e à inteligência das culturas vizinhas, estoiram.
O sapo da fabula simboliza uma nação acabada de sair do manejo da enxada e da mesquinhez da aldeia, que elege os políticos porque são “bonitos” ou “falam bem”, os que mais prometem, mesmo que não haja dinheiro nem condições para as fazer cumprir. Os quais constroem piscinas e gimnodesportivos em freguesias com mil habitantes, que abrem estradas e mais estradas nos terrenos agrícolas para servir luxuosas moradias isoladas construídas a crédito, que prometem TGVs e mais pontes as mais longas do mundo, umas ao lado das outras, e mais auto-estradas que atingem o recorde europeu por habitante, que constroem a maior rede de estádios de futebol para um só campeonato e que, depois, ficam sem uso montados em plenos tecidos urbanos, que abrem rotundas em cada cruzamento de ruas há anos atrás, a mania eram os semáforos, agora são as rotundas, que constroem de raiz museus, bibliotecas e salões municipais que ninguém frequenta só para ficar no curriculum dos eleitos.
Uma nação rural e marítima que abandonou a agricultura e a pesca e passou a importar quase tudo o que come.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Redacção da Vaca

O pássaro de que vos vou falar é o mocho. O mocho não vê nada de dia, e à noite é mais cego que uma toupeira. Não sei grande coisa do mocho, por isso vou continuar com outro animal que vou escolher. “A Vaca”
A vaca é um mamífero. A Vaca tem seis lados: o da direita, o da esquerda, ode cima, o de baixo, o de trás, que tem um rabo, o qual tem um pincel pendurado.
Com este pincel espantam-se as moscas para que não caiam no leite. A cabeça serve para que lhe saiam cornos e também porque a boca tem de estar nalgum lado.
Os cornos são para a vaca combater com eles. Pela parte de baixo tem leite, está equipada para que se possa ordenhar. Quando se ordenha, o leite vem e não para nunca. Como é que se desenrasca, a vaca? Nunca compreendi, mas o leite sai cada vez com mais abundância.
O marido da vaca é o boi. O boi não é mamífero. A vaca não come muito, mas o que como, come duas vezes, ou seja, já tem bastante. Quando tem fome, muge, quando não diz nada, é porque está cheia de erva por dentro. As suas patas chegam ao chão. A vaca tem o olfacto muito desenvolvido, pelo que se pode cheirá-la desde muito longe.
Foi exactamente assim desta maneira que o caso chegou, como uma redacção escrita por uma mente algo.. à deriva, digamos assim.

O Nosso Futuro

O nosso futuro depende do futuro do mundo e a minha visão do mundo divide-se entre a decadência e aquilo que os homens poderão fazer para a evitar.
As pessoas ainda não têm a noção do que nos espera e parece-me que é preciso cairmos na decadência e no caos para que depois a humanidade renasça.
Tudo isto tem a ver com as questões ambientais e com o esgotamento das reservas do planeta que, como está mais que provado, acaba por provocar enormes desequilíbrios sociais e humanos.
Portanto, enquanto a humanidade não perceber isto, o nosso futuro será uma grande incógnita.